A BODA QUE JÁ NÃO FOI!

De casamento marcado

O Joaquim e a Isabel

Tinham tudo preparado

Depois de terem jurado

Partirem em lua-de-mel!

Mas o Quim não apareceu

Na igreja àquela hora

Isabel quase morreu

Com o ataque que lhe deu

Coitada…como ela chora!

Já se diz desesperada

No instante que ia casar

Ficou ali desamparada

Sempre a olhar prá entrada

Pra ver seu noivo chegar!

O padre ficou quase mudo

Com isto que em nada apraz

Disse:_ Minha filha eu não m`iludo

Pois só pode ser sisudo

O maldito desse rapaz!

Se esta moça assim tão bela

Quis contrair matrimónio

Veio aqui a esta capela

Mas agora pensa ela

Quem entrou foi o demónio!

O tempo passou depressa

E afinal não houve boda

Ficou pra trás a promessa

Que a noiva à gente confessa

Já se lixou a festa toda!

E sem nada mais a fazer

Dali a correr saiu

Resta sentar e comer

Ao Joaquim nem o quer ver

Vá prá puta… que o pariu!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 25/01/2015
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