''NO BACKSTAGE''
''NO BACKSTAGE''
Perdido em um camarim
Rodeado de fantasmas
Coquetel e absinto
Um brinde à morte do seu coração!
Ele é um poeta indie
o renegado que aprendeu
o núcleo da revolução!
A máscara foi queimada
O fogo de todas
as suas composições
Assistiu ao prelúdio
Já tinha a decisão
o pacto do traficante
E nenhuma luta armada
Ele ficou preso no vidro
da garrafa de um vinho barato
Confessou com a língua solta
Com as baforadas de um cigarro
O espelho refletiu a violência
De um super anti-herói
Em transe de masturbação
Quer cair do céu de Valentine
Não faz ideia do que o perturba
Segure-se,a destruição vai chegar
Entre o escravo do medo
na linha que separa a crueldade
De um Deus rejeitado!
A vida é figurativa
Forra com os tecidos caros
o sagrado coração
E em nome de uma fé maliciosa
Morrerás ou matarás?
Não retorna ao chamado da química
Compôs uma última sinfonia
do assassinato de um Pasolini
Está implorando de joelhos
Por uma cura anti-social
Dentro do mercúrio alucinante
Tem uma emergência suicida
Ligou todos os amplificadores
Fechou os olhos molhados
O caos aguardava na esquina
Era uma vítima da distorção
Pagava pelos pecados e infidelidades
Um embrião elegante e vacinado
De todas as porras das mentiras
Inventadas pelos superiores.
Queria abrir um buraco
se esconder e discutir filosofia
Ao menos,sobreviver com poesia
Gritava para Rimbaud e Goethe
Exigia uma retratação
Encontrar o velho Diabo
Amigo das boas novas
Em um solo de guitarra desacelerada
Cores e códigos indecifráveis
Ia emergir na tontura de uma nona
Quem sabe o ceifador de milhares de almas
guardaria um espaço na agenda?
Não queria piedade e sim bateria carregada
Puro rock rolando solto no backstage
Depois da sodomia e do açoite
Um drinque de arma disparada
E retorno de ícones de vintage
Gemidos loucos de chicote!
Morphine Epiphany
(Cristiane V de Farias)