[Na Estação]

Na extremidade da plataforma, longe do burburinho da Estação,

havia um espaço ampliado, um pequeno quadrilátero rodeado

por ramos de alamandas debruçados sobre a grade de proteção.

Não havia música a não ser aquela do nosso devaneio;

no entanto, de olhos fechados, dançávamos lentamente

enquanto os nossos corpos tocavam as flores.

Corte — finita é a Felicidade pousada sobre o Desejo:

ao longe — ah, essa angústia... — inexorável,

aproxima-se o trem — um de nós vai partir.

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[Desterro, 23 de janeiro de 2015]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 23/01/2015
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