SEM PRESSA
Olho as pessoas que passam.
Carrancudas vão à luta
da sobrevivência diária.
Andam todas apressadas
como se o tempo corresse,
e elas lhe fossem no encalço.
Um caminhão gigantesco
carregado, apita e passa.
Passa o tempo, passa o vento.
Tudo passa. Passa o passo
nas calcaçdas encharcadas,
no asfalto preto e baço.
Tudo em volta é movimento:
somente eu perco tempo,
somente eu marco passo.
(dez-92)
Olho as pessoas que passam.
Carrancudas vão à luta
da sobrevivência diária.
Andam todas apressadas
como se o tempo corresse,
e elas lhe fossem no encalço.
Um caminhão gigantesco
carregado, apita e passa.
Passa o tempo, passa o vento.
Tudo passa. Passa o passo
nas calcaçdas encharcadas,
no asfalto preto e baço.
Tudo em volta é movimento:
somente eu perco tempo,
somente eu marco passo.
(dez-92)