Ai de mim
Ai de mim
(Isabella Luiz)
Tranco as portas do meu peito
Que só posso caber em mim
Não sei viver direito
Isso só me diz respeito
Troco o não pelo sim
Ai de mim!
Que abro as portas com medo
Que ainda escondo segredos
Que ainda embrulho mentiras
Que nem tiro o pó da mobília
Que bebo frases antigas
Como quem bebe gim
Ai de mim!
Que tive sonhos tão belos
Que provei do amor mais sincero
Vivi e morri numa noite
Que fui bom filho com esmero
E agora nada mais espero
Que não seja o fim
Isabella Luiz é natural de Recife-PE. Estudante, poetisa, escritora e moderadora do blog Ideologia Clandestina.