MORRER DE AMAR

MORRER DE AMAR

Amar é um morrer aos poucos,

É se doar em pedaços todos os dias

Respirar fundo numa noite gelada.

Quem ama vive a outra pessoa,

Mas morre a cada dia nela mesmo.

Não há como não haver uma simbiose,

É como ver um céu azul com nuvens

Há como isolar o azul do céu da nuvem?

Onde começa a forma real da nuvem,

Onde começa a forma imaginaria dela?

Amar é um morrer um pouco para viver,

Dói a principio como a primeira tatuagem,

Mas vicia a dor e ocorre o prazer de ter feito-a...

O amor é a morte que fortalece num toque,

É a morte mais viva que existe no mundo,

Caótica experiência pouco valorizada...

Quando o amor é arrancado tudo fica cinza

Os mares congelam matando os peixes,

As nuvens se concentram num cinza chumbo

E o claro do olho fica apenas vermelho...

Quando o amor é arrancado a morte chega,

O coração se parte no peito faltando o ar,

É o impacto do meteoro que caiu no planeta

Matou os fortes dinossauros que eram reis

Imagina o que fará de mim sou tão fraco...

André Zanarella 26-11-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 23/01/2015
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