FUGAS

Retorno através das pilastras

parando no caos o seu momento,

tão brando ... as vezes no auge,

tão calmo mas triste morrendo.

como não morre a fuga me invade,

meus olhos clarão num vale qualquer,

e o peito gigante lítero não arde,

fitando ao brado um grito sem fé.

E o sentimento como fugas revoltas,

que tragam, que humilham e lá ficam,

não se exaltam aos olhos da bondade,

e se fecham entre os cetins da vida.

fugas... ondas que marejam no mar da vida,

espectro tirano do inocente,

e não desmancham o barborismo espumoso,

daquele coração decente.

Gemidos-máscaras-turbilhões de desgostos,

entre os heróis que despertam

em flores- mel- anseios mil,

por omissos covardes que desertam.

Dentes afiados e vendas cerram,

o caminho que outrora passei,

não vejo assustado o rosto ,

daquele que mais eu amei.

E como se ama um sonho

se em senho me transformei?

e que está preso a sedenta garganta,

do pó que por onde eu andei.

E olhos não mais vêem o além,

no infinito ,o mais fracos dos meus gritos,

que por fim não bradarei.

Como um vulcão furioso e emitente,

um fulgor mais veloz e recente,

daqueles q mais eu amei.

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 22/01/2015
Código do texto: T5110809
Classificação de conteúdo: seguro