VOZES D'AMORES

Surgiu como a lua prateada,

uma visão embelezando a estrada,

um rastro de amor,

retratos do que vi.

Um peito sangrava a solidão,

enfermo, boêmio de ilusão,

ou cantando as sonatas do bem-te-vi.

E despertei entre os seios da morena,

astuta qual a hiena,

fazia do meu ser um encontro de vulcões.

Morrendo do perfume endeusado,

olhos de brilhos prateados,

já surgia no algor da aurora.

e eu tão triste...sapiente,

entre o ocre da vida já dorme

e não desperto pra mim.

Que fiz seres ingratos que gemem

no pranto do canto destas dores?

meus lábios sofreram rouquidão ,

.....terna ingrata,

por não mais ouvir vozes d'amores.

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 22/01/2015
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