VOZES D'AMORES
Surgiu como a lua prateada,
uma visão embelezando a estrada,
um rastro de amor,
retratos do que vi.
Um peito sangrava a solidão,
enfermo, boêmio de ilusão,
ou cantando as sonatas do bem-te-vi.
E despertei entre os seios da morena,
astuta qual a hiena,
fazia do meu ser um encontro de vulcões.
Morrendo do perfume endeusado,
olhos de brilhos prateados,
já surgia no algor da aurora.
e eu tão triste...sapiente,
entre o ocre da vida já dorme
e não desperto pra mim.
Que fiz seres ingratos que gemem
no pranto do canto destas dores?
meus lábios sofreram rouquidão ,
.....terna ingrata,
por não mais ouvir vozes d'amores.