Ode à Montanha
Ode à Montanha
(Nilda Lima Graeser)
"Ah, o mar...
O mar me faz tão, tão leve
Bronzeada me sinto bela
O mar - que poder - me abstrai
Me desperta uma certa alegria
Viro cantora, viro pantera
Umas coisas lá dentro, é um lugar
Onde a angústia se distrai
O mar me dá de presente
Umas sensações muito físicas
Impressões, cheiro e cor
do Universo exterior...
Já a montanha, ah, a montanha...
Janelas para o indizível
Indivisível equação da consciência
É a paciência do obstinado
Olho a montanha e me calo
Com respeito à sua imponência
Quero ser um ser melhor,
assim como ela...
E invejosa, a contemplo
A montanha me recolhe
Sua magnitude me acolhe
Redesperta em mim a certeza
da inteligência das mentes
insondavelmente potentes
do Universo interior”.
Nilda Lima é mulher, é guerreira. Nascida no signo de Oxóssi-rei, sua religião é a Natureza. Vive há 39 anos na Suíça (com interrupções) e tem uma filha casada que também mora lá. Já foi cantora, radialista, produtora de eventos, presidente de clube, casada, mãe de família, entre outros. Artista pintora/escultora profissional desde 1997. Passou 13 anos pra lá e pra cá, vendendo pedras preciosas, chefiando garimpo de turmalinas em Minas Gerais, desenhando joias. Muitas viagens, muitas histórias. Teve uma fazenda de 75ha de guaraná e um barco em Maués, no meio da selva amazônica. Que mais? Seu trabalho, ou seja, sua função nessa vida, é misturar as culturas e tentar tornar as pessoas mais humanas