ESCÁRNIO
Rude bandeira – vermelho sangue
De uma revolta infantil emerge
A nova massa no escuro segue
O abissal infortúnio herege
Baila ao som do sonho futuro
Faz do abstrair um eterno fascínio
Xinga o passado – enaltece o obscuro
Da realidade faz o mesmo escárnio
Pisa a flor que te enfeita a mesa
Estapeia a cara de quem te beija
Apaga a luz que esteve acesa
Zomba da fé dessa vida calva
Recolhe a âncora que o barco ajeita
Cospe a cruz que tua alma salva