[Parado na esquina]
Rumos enviesados... fugas...
Sempre se sabe antes,
mas a trava do silêncio pesa,
e às vezes, demora a cair —
para espanto da Razão!
O alívio do corte final —
este não pode ficar para depois;
mórbido é esperar germinar
a maligna semente da dúvida...
A cura torna-se impossível!
Em si, o corte é raso,
nada há que o olhar
já não percebera antes!
Parado na esquina... para quê?!
Rês sonsa — a cornada certa!
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[Desterro, 17 de janeiro de 2014]