[Parado na esquina]

Rumos enviesados... fugas...

Sempre se sabe antes,

mas a trava do silêncio pesa,

e às vezes, demora a cair —

para espanto da Razão!

O alívio do corte final —

este não pode ficar para depois;

mórbido é esperar germinar

a maligna semente da dúvida...

A cura torna-se impossível!

Em si, o corte é raso,

nada há que o olhar

já não percebera antes!

Parado na esquina... para quê?!

Rês sonsa — a cornada certa!

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[Desterro, 17 de janeiro de 2014]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 20/01/2015
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