O BURRO QUE EU COMPREI!

Hoje adquiri um burrinho

Numa feira lá na terra

Mas saiu-me teimosinho

Que para andar logo emperra.

Dou-lhe às vezes com o chicote

O malandro me arrelia

Prega coices e um pinote

Lambe a cara à minha tia!

Depois põe-se a zurrar

Levanta as patas do chão

Com vontade de mijar

Até parece ser cão!

Quer comer tenra cenoura

E couves do meu quintal

Se o atrelo prá lavoura

Lá me foge o animal!

Qualquer dia vou vendê-lo

Na feira onde o comprei

Burro assim melhor nem tê-lo

Ou sou eu burro…e não sei!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 19/01/2015
Código do texto: T5107250
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