Se não fosse...

Eu tocaria de leve

a mão da estrela

não fosse sonho,

não fosse delírio.

Minha voz mais alta que o dobre dos sinos,

não fosse sonho,

não fosse delírio.

Meu caminhar mais seguro

do que a casa sobre a rocha,

não fosse sonho,

não fosse delírio.

O amor mais puro

que os anjos da infância,

cortando todos os ventos

e atingindo a terra da luz,

não fosse sonho

não fosse delírio

Todo o sonho mais leve

fazendo um nó do arco-íris

dentro do coração

para retornar àquela canção

além do berço onde se carrega a alma

para renascer de um dia mais puro...

não fosse delírio...

não fosse saudade.

(inspirado em "Quando era felicidade" de José Balbino de Oliveira)

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/5106310