Ao amigo fiel...
Ao amigo fiel...
E, não são as pessoas
Que nos levam ao abismo
Nem os fatos do cotidiano
Que num segundo
Nos impulsiona
Do inferno ao paraíso
(ou vice-versa).
Somos nós mesmos
Nessa busca incessante
-leviandade-
Por desejos de viver
Em quantidade.
E, num trago de vida louca
-em algumas horas de torpor-
Nos vemos perdidos novamente
E na escuridão- o horror.
No meio de tantos e muitos
Num redemoinho sem fim
Música-pessoas-dança
Mas há um vazio em mim...
Procuro companhia em meio à multidão
Desesperada quero alegria.
- (Senhor tem compaixão) –
Me encontro mais sozinha e vazia
- (Senhor me dê à mão) –
E volto quebrantada
(de novo a união)
Com a certeza de que a verdadeira
Alegria-está no coração-.
E, de que estando sozinha
-mesmo em meio à multidão-
Te encontro Senhor,
Nas advertências de um amigo
Que em forma humana,
Tem um “quê” de divino
-me orienta,
-me sustenta,
E, mesmo sem concordar,
Me deixa ir, insistindo para eu ficar.
Amiga que ama é assim:
- fala o que a gente precisa ouvir
E respeita o nosso livre arbítrio.
E quando volto arrependida
Com vergonha desse
Egoísmo incessante
Te peço perdão novamente
Meu querido amigo pensante...
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