PARA QUE SABER LER, UM PINGO É LETRA
Escolhi ficar calada
quietinha, sem dizer nada.
Tirar a lama do sapato
servir a comida no prato.
jogar ração aos coelhos
sentar e dobras os joelhos.
Observar, boca fechada ,
olhos atentos, ouvidos aguçados
a espera do tempo.
É assim que a banda toca,
cada tatu na sua toca.
O mundo gira, o louco pira,
a vida vira.
Quem está embaixo dá um salto,
quem está encima se torna asfalto.
A vida é assim, uma conspiração
desumana sem fim.
SOS malandro, onde cai tempestade
também cai relâmpago.
SONIA BRUM