PARA QUE SABER LER, UM PINGO É LETRA

Escolhi ficar calada

quietinha, sem dizer nada.

Tirar a lama do sapato

servir a comida no prato.

jogar ração aos coelhos

sentar e dobras os joelhos.

Observar, boca fechada ,

olhos atentos, ouvidos aguçados

a espera do tempo.

É assim que a banda toca,

cada tatu na sua toca.

O mundo gira, o louco pira,

a vida vira.

Quem está embaixo dá um salto,

quem está encima se torna asfalto.

A vida é assim, uma conspiração

desumana sem fim.

SOS malandro, onde cai tempestade

também cai relâmpago.

SONIA BRUM

Sonia Brum
Enviado por Sonia Brum em 16/01/2015
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