SOMBRAS E FONEMAS
O poema, às vezes, me assalta
pelos caminhos escuros;
uma arma
encostada nervosamente à nuca.
Nenhuma reação,
somente a respiração descontrolada
diante da possibilidade do ato
e da fuga, por conseguinte.
Então, dos confins da alma,
configuram-se umas sombras
que surgem entre os fonemas.