Menino maluquinho
Por tantas vezes me chamaste, homem sério
E circunspecto, de “meu menino maluquinho”,
Nestes momentos em que, cheio de carinho,
Te dava acesso a meu mundo, a meu império.
Assim o era, com o peito cheio de esperança,
Ao sentir teu coração bater próximo ao meu,
Uníssonos, loucos, no mesmo ritmo que o teu,
Descompassados ao te sentir também criança.
E vagavas comigo, em meus braços, num abraço
Apertado, por aquele mundo que era só nosso,
Em que se fundiam nossas peles, órgãos e ossos,
Tu acolhida no meu, eu acolhido em teu regaço.
Hoje, distante, teu menino maluquinho está triste,
De seu rosto alegre fugiu para sempre o sorriso,
Restando somente um esgar, meio que conciso,
Ao saber que a musa, ausente, não mais existe.
Por tantas vezes me chamaste, homem sério
E circunspecto, de “meu menino maluquinho”,
Nestes momentos em que, cheio de carinho,
Te dava acesso a meu mundo, a meu império.
Assim o era, com o peito cheio de esperança,
Ao sentir teu coração bater próximo ao meu,
Uníssonos, loucos, no mesmo ritmo que o teu,
Descompassados ao te sentir também criança.
E vagavas comigo, em meus braços, num abraço
Apertado, por aquele mundo que era só nosso,
Em que se fundiam nossas peles, órgãos e ossos,
Tu acolhida no meu, eu acolhido em teu regaço.
Hoje, distante, teu menino maluquinho está triste,
De seu rosto alegre fugiu para sempre o sorriso,
Restando somente um esgar, meio que conciso,
Ao saber que a musa, ausente, não mais existe.