Sente-se o Amor

Sente-se o amor
na brisa do mar
na dança das ondas
pelo seu remoinho

Sente-se o amor
no passeio das nuvens
levadas docemente
pelo vento

Sente-se o amor
na ternura dos sessenta
quando sentados num banco
num jardim com o odor da Primavera

Sente-se o amor
na ingenuidade das crianças
num brincar carinhoso
pelas praias mesmo selvagens

Sente-se o amor
na paz dos homens
no progresso da ciência
no desenvolvimento social

Mas sente-se o ódio
no desencadear de guerras
assassinas cheias de cadáveres
espalhados pelos campos

Na miséria coberta
de vergonha e fome
a coberto da injustiça
no desespero do homem

Sente-se o ódio
nos cárceres da droga
na hipocrisia de certos seres
na imundície humana

Mas sente-se o amor
no beijo de dois jovens
esquecidos no tempo
por tempos infindos.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 01/06/2007
Reeditado em 11/02/2010
Código do texto: T510225