Poema para Pagu

Depois de amanhã o porvir

Sim o porvir depois de amanhã

Será Pagu, avassaladora menina

Correndo pela rua, comendo abacaxi

Na mão esquerda um cigarro

O sorriso largo a roubar a cena

Eis Pagu

Saia de ginasial, militante marginal

Nesses tempos normais

Eis Pagu

O cuspe na cara da sociedade

Que vira o rosto para o desabrigado

E dá feliz ano novo para o faminto

Eis Pagu

Que sua luta continua em nós.