Sabia
Sabia, palavras não são eternas
Engoli o frasco inteiro
Intoxiquei até o cérebro
E não tem ciência que limpe o desespero
Mas eu espero
Também um dia
Te matar com o próprio veneno.
Sabia, pela velocidade
Até as alturas
Abracei o mundo (inteiro)
E agora estou aqui
Olhando para cima
No velho inferno;
Sabia e sabendo
Às vezes beijo o (mesmo) enterro.