Minhas Mãos

De repente, olhei para aquelas mãos

Tão jovens, dedos finos.

Nem uma ruga, nem um calo.

Unhas bem feitas.

Nem uma veia aparente.

Mãos de uma jovem e bela moça.

Olhei minhas mãos.

Já mostrando os traços da idade.

Alguns calos teimosos

Nunca foram embora.

As veias caminham livremente

Grossas, saltam através da pele

resultado de muitos e muitos

litros de soro.

Companheiro inseparável das minhas

idas e vindas em hospital.

Mãos que já foram tão belas

Como as da jovem a minha frente.

Olhei para seus braços ainda jovem.

E vi os meus tão iguais aos seus.

E minhas mãos tão belas!

Em relação as dela.

Mãos que me ajudam a sobreviver.

Mãos que alimentam meu ser

Mãos que mantém a organização da casa.

Acariciam meus netos, meus filhos, meu esposo

Mãos companheiras inseparáveis das alegrias

Mãos que secaram minhas lágrimas outro dia.

Que limpa o suor de minha face.

Mãos que sabem confortar.

Que sabem retribuir quem me abrace!

ARLETE KLENS
Enviado por ARLETE KLENS em 12/01/2015
Reeditado em 22/11/2016
Código do texto: T5099729
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