Da Atiradora

Tudo que quero e que, também, preciso

é que, sempre tranquilo, puro e claro,

venha, da sua boca, esse disparo...

esse tiro de paz que dá, seu sorriso.

Se o medo, que tem um gosto amaro,

me puser a fugir do seu paraíso,

atinja-me e, depois, dê o aviso

porque, se avisado, sei que não paro.

E se, um dia, eu perder o juízo

e achar esse seu riso muito caro,

mire no meu alvo louco e avaro

e dê seu disparo do bem mais preciso

pois, de mente sã, não me economizo...

gasto a vida por seu sorriso raro.

09-01-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 09/01/2015
Reeditado em 11/12/2015
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