Rotina
Distante, em meio ao revirar insone na cama,
Ouço o barulho de meu portão se abrindo,
Anunciando tua chegada neste dia ora findo,
Para atendermos este ardor que nos clama.
Ouço nítido o barulho sincopado de teus passos,
Enquanto te aproximas silente de nosso leito,
O farfalhar de tuas vestes vertidas com jeito,
Depositadas junto as minhas, como sempre faço.
O estrado da cama geme ao te aninhares junto
A meu corpo, cabeça apoiada em meus ombros,
Mão carinhosa lançada à procura, sem assombro,
Do que é teu, guardado para ti, sem mais assunto.
Com tua língua, percorres minha face, meus lábios,
Pescoço, peito, membro, cobre-os com suaves beijos,
Enquanto sussurras em meus ouvidos o imenso desejo
Que te acomete e que não procuro conter, hábil.
Vago contigo aos recantos em que vivemos primeiro,
Desfalecendo em gozos múltiplos em teus braços,
Vendo tua essência desvanecer-se em meu abraço,
Nesta rotina de tua ausência, abraçado ao travesseiro
Distante, em meio ao revirar insone na cama,
Ouço o barulho de meu portão se abrindo,
Anunciando tua chegada neste dia ora findo,
Para atendermos este ardor que nos clama.
Ouço nítido o barulho sincopado de teus passos,
Enquanto te aproximas silente de nosso leito,
O farfalhar de tuas vestes vertidas com jeito,
Depositadas junto as minhas, como sempre faço.
O estrado da cama geme ao te aninhares junto
A meu corpo, cabeça apoiada em meus ombros,
Mão carinhosa lançada à procura, sem assombro,
Do que é teu, guardado para ti, sem mais assunto.
Com tua língua, percorres minha face, meus lábios,
Pescoço, peito, membro, cobre-os com suaves beijos,
Enquanto sussurras em meus ouvidos o imenso desejo
Que te acomete e que não procuro conter, hábil.
Vago contigo aos recantos em que vivemos primeiro,
Desfalecendo em gozos múltiplos em teus braços,
Vendo tua essência desvanecer-se em meu abraço,
Nesta rotina de tua ausência, abraçado ao travesseiro