A SILUETA

Essa estava esquecida, no fundo do baú:

A SILUETA

Sônia Rêgo

Resta um silêncio,

vagas nas gavetas.

No espelho?

A silueta de alguém

que já não é...

A saudade de uma vida,

de repente... interrompida

e a lágrima que seca

nessa boca que reza.

Silêncio, soluços, lágrimas.

Uma mistura funesta

que dói e machuca.

Depois, passa, se acalma,

como quadro incolor

e minh’alma se acostuma

com a dor.

RJ – 28/11/13

Sônia Rêgo
Enviado por Sônia Rêgo em 08/01/2015
Reeditado em 10/01/2015
Código do texto: T5095038
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