Contemplação,,,
Na janela medito:
Sobre o quanto,
la fora o tempo
pode estar morto.
Podendo ainda,
cair nas graças
da vida!
E sobre o que,
teima a luz da lua
insistir nessa
paisagem noturna.
Como uma criação
de luzes urbana.
Medito na palavra
perdida entre o verbo
e como ela tira
o osso seco desse
silencio todo!
E se arma em poesia!
Experimento assim
o canto desse vento
Canto mudo!
Canto seco!
De susto! de medo!
Feito ainda de passado
não poluído!!!
que ainda não experimentou
os delírios dos sonhos.
Cuido então,
servir-me dessa paz.
Que se aninha no tempo,
para que de si mesma,
renasça, e invisível
se elabora!