AS PEDRAS DA MINHA RUA!
As pedras da minha rua
Lavam-se pra te ver passar
Se o teu olhar me habitua
À tarde, por ti esperar!
“Dizem” palavras sagradas
Vão contando alguns segredos
E sentem-se agraciadas
Quando lhes tocas com os dedos!
Ao pisares uma delas
Há “sangue” a correr no chão
Mais mágoas pelas vielas
Mais desgosto… solidão!
“Sentem-se” já desgastadas
Pelo destino ingrato
E pl`as horas lá passadas
Nos meus tempos de gaiato!
Pedras onde eu brinquei
Mesmo chovendo a rigor
A vós sempre entreguei
Um pouco…do meu amor!