INDIZÍVEL
Debaixo de um céu desavergonhado
Ela gestava jardins furiosos
Seu coração pulsava em desatino
Alma inquieta, semeava palavras
Esperando que se tornassem flores.
Vinha de longe, de muito longe
O hábito de aliviar-se nas letras
Cuidava de suas mudas com desvelo
Com larvas quentes regava todo canteiro.
Flores exóticas, ali nasciam
De perfumes diversos
Às vezes exalavam doçura
Em outras, eram puro enxofre
E logo apodreciam.
Ela, porém, não desistia
Tinha alma andarilha
E mente trangênera
As palavras eram insuficientes
Para abarcar sua vida.
Ela, porém, insistia
E os espinhos compridos
Que a machucavam, por dentro
Continuavam a deitar palavras,
A torto e a direito.
(Imagem: Lenapena - Tabatinga)
Debaixo de um céu desavergonhado
Ela gestava jardins furiosos
Seu coração pulsava em desatino
Alma inquieta, semeava palavras
Esperando que se tornassem flores.
Vinha de longe, de muito longe
O hábito de aliviar-se nas letras
Cuidava de suas mudas com desvelo
Com larvas quentes regava todo canteiro.
Flores exóticas, ali nasciam
De perfumes diversos
Às vezes exalavam doçura
Em outras, eram puro enxofre
E logo apodreciam.
Ela, porém, não desistia
Tinha alma andarilha
E mente trangênera
As palavras eram insuficientes
Para abarcar sua vida.
Ela, porém, insistia
E os espinhos compridos
Que a machucavam, por dentro
Continuavam a deitar palavras,
A torto e a direito.
(Imagem: Lenapena - Tabatinga)