Nunca

Minha alma corre risco de óbito

meu ser ficou por um fio,

desnuda, te confessei

e isso selou nosso destino

nunca nada ir além.

O medo afugenta

não nos dá o talvez

poder para ti é martírio

nada muda

e nem o quase deixará

não tem como acontecer,

para sempre é nunca mais

e assim o que poderia ser

na impossibilidade ficará.

No nada continuarei

por um segundo podia ser meu tudo

mas nessa implacável estrada incerta

permanecerei.

Mirando no vazio

cheirando tentação

provando rejeição

respirando o martírio

desejo ardente

infinito

devaneio

indizível.

Impossível, utopia te ter

você e eu, um dia ser.

O nunca me dilacera

me parte em duas

o nunca é minha vida

nunca contigo, nunca um segundo sua.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 06/01/2015
Reeditado em 20/11/2019
Código do texto: T5092926
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