Beijo.
Eu beijo.
Beijo você...
Beijo você na rua, esperando o ônibus.
Te beijo nesse calor perigoso, eu beijo.
Beijo você no inverno rigoroso, eu beijo.
Eu beijo você na chuva! Nesses filmes
clichês de romance, em um romance
só meu e seu.
Eu beijo forçado, eu beijo porque quero.
Beijo com amor e com raiva.
Beijo esse seu corpo negado a minha mente,
mas que o coração pede de volta.
Minha face, minha metade, minha calma e caos.
Meu tudo e nada, meu nada...
Beijo deleito a olhar os olhos que me contam
a tua história, que história!
Olhos que me mostram os lugares e as pessoas.
Olhos castanhos e cílios grandes, abrem e fecham
em sincronia com a boca que lhe mostra os dentes
no sorriso de um apaixonado afogado em ilusões.
Vou beijar-te com calma, deitados sobre a única brecha
de luz do por do sol.
Eu quero, quero beijar-te ao som de Soldier of Love e
abaixar as minhas armas tendo você feito de ti a minha
única fraqueza.
O dia foi teu, de teu nome, de teus atos, de tuas lembranças,
dos teus sorrisos e risos, das tuas foto e de meus ciumes.
Beijo-te depois dessa briga e do seu jeito a me avermelhar,
beijo para reconciliar.
Beijo porque há esse amor, em uma das partes pelo menos.
Sem receio e pudor, ah esse meu amor,
nos meus olhos e palavras, expostos até nos meus gestos.
Ah essa brincadeira doce de me enganar sobre
essa chuva de verão, estou a sorrir pela primeira
vez.
Ah tão suave e sereno, eu te beijo...
Me beija, me tome, beija-me, beijo-te.
Toma-me nesse meu amor e faz de mim
o teu amor.