Os Antigos

Observando o ciclo da lua,

E os deslocamentos planetários,

Eu quero chamar quem está no infinito,

Onde o vazio é a luz mais escura.

Em eras primitivas,

De onde o homem iria nascer,

Os antigos aqui desceram;

Vieram do norte do espaço,

E caminharam sobre esse

Chão quente e seco,

Onde tudo era apenas pó.

Como parasitas,

começaram a deixar descendentes,

Suas mãos congeladas

abriram caminhos nesse clarão;

Como o fogo do inferno,

Que dilata sua pele,

E tudo aquilo que

Os deuses desconheciam,

eles amaldiçoaram.

As criaturas que aqui ficaram,

Revoltaram-se contra os seus deuses,

E logo eles viram que tudo aquilo

Era uma fantasia divina,

E os mandaram para um lugar frio e sombrio.

As nuvens penetravam

Sobre suas cabeças,

Fazendo com que seus filhos

Sofressem sobre eras,

Rituais eram feitos em seus nomes,

Costelas, mandíbulas e crânios

eram colocados nos pilares;

Não ousa chamar, oh homem,

Sem fazer o signo,

Não ousa a querer a escuridão

Sem saber controlar o seu véu,

Não queira o desconhecido se for incapaz,

Ou ela perfurará seu coração maldito.

Todo esse nó preso em meu cérebro está desatando,

E mais uma vez estou partindo para essas mentes insanas.

A cada pôr do sol,

Nasce a Rainha negra,

Os antigos estão escondidos

Sobre o seu ventre,

Que de tempos em tempos

Observam a raça humana,

Com ódio e desprezo,

Para que um dia,

Estejam preparados

Para penetrar suas almas.

Alan Lacerda
Enviado por Hamilton Guilherme em 04/01/2015
Reeditado em 04/01/2015
Código do texto: T5090911
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