Os Antigos
Observando o ciclo da lua,
E os deslocamentos planetários,
Eu quero chamar quem está no infinito,
Onde o vazio é a luz mais escura.
Em eras primitivas,
De onde o homem iria nascer,
Os antigos aqui desceram;
Vieram do norte do espaço,
E caminharam sobre esse
Chão quente e seco,
Onde tudo era apenas pó.
Como parasitas,
começaram a deixar descendentes,
Suas mãos congeladas
abriram caminhos nesse clarão;
Como o fogo do inferno,
Que dilata sua pele,
E tudo aquilo que
Os deuses desconheciam,
eles amaldiçoaram.
As criaturas que aqui ficaram,
Revoltaram-se contra os seus deuses,
E logo eles viram que tudo aquilo
Era uma fantasia divina,
E os mandaram para um lugar frio e sombrio.
As nuvens penetravam
Sobre suas cabeças,
Fazendo com que seus filhos
Sofressem sobre eras,
Rituais eram feitos em seus nomes,
Costelas, mandíbulas e crânios
eram colocados nos pilares;
Não ousa chamar, oh homem,
Sem fazer o signo,
Não ousa a querer a escuridão
Sem saber controlar o seu véu,
Não queira o desconhecido se for incapaz,
Ou ela perfurará seu coração maldito.
Todo esse nó preso em meu cérebro está desatando,
E mais uma vez estou partindo para essas mentes insanas.
A cada pôr do sol,
Nasce a Rainha negra,
Os antigos estão escondidos
Sobre o seu ventre,
Que de tempos em tempos
Observam a raça humana,
Com ódio e desprezo,
Para que um dia,
Estejam preparados
Para penetrar suas almas.