VISÕES
De minha janela vejo o horizonte
E nuvens carregadas
Ao longe.
Ao perto vejo o sol
Que insiste em queimar a pele
Enquanto não chega a tempestade.
De minha janela vejo o horizonte
É azul como o céu
Distante para meus lentos passos
Infinito para além do olhar.
De minha janela vejo o horizonte
Que se finda nas montanhas
E nas matas
De vidas tantas
E de cores tão variadas
Quanto minha imaginação.
De minha janela vejo o horizonte
Tão calmo à distância
Tão efervescente de vidas
Alheias ao duelo do sol
Que queima a pele
E da tempestade que se aproxima.
De minha janela vejo o horizonte
Que o sol ilumina e aquece
Até que chegue a tempestade
Que não queima a pele
Mas turva a visão do longe
E me põe de castigo
Vendo um quadro sombrio
De minha janela.