ESQUEÇA, DEIXE QUIETO.
Quando o jorrar for brusco, for poeta ou pirata
deixando a lama se confundir com o mel
esqueça, deixe quieto.
Quando o gritar for pontudo, for útero ou fruto
deixando o limbo se confundir com o frio
esqueça, deixe quieto.
Quando o festejar for triste, for passado ou fome
deixando o rastro se confundir com o horizonte
esqueça, deixe quieto.
Quando o cicatrizar for fértil, for pleno ou acuado
deixando a saudade se confundir com a vida
esqueça, deixe quieto.
Quando o morrer for convidado, for arremate ou alforria
deixando o mundo se confundir com o mundo
esqueça, deixe quieto.
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