Dívidas de Janeiro.
Uma porção de batatas fritas murchas
Um copo de cerveja morna
Um cigarro amassado entre os lábios
A morte espreitando por todos os lados
Esperando a hora certa
O olhar esgazeado, vítreo, direcionado ao céu azul
Pássaros caindo desmaiados
Sem calendários
Sem relógios
Gritos de desespero!
Um coração que bate porque tem que bater
Batem à porta da aorta
Era o carteiro entregando as dívidas...