Quatro velas.
A Taça de um vinho abominável.
Conseguiu inebriar minhas ilusões!
Na destroçada mortalha em sangue.
Exaure em gritos e dor. Meu coração!
Falência dos órgãos vitais. Inertes estão!
Neste corpo em que o sangue esfria...
A negritude deste céu. Dores não aliviam...
Rasgando o empíreo! Gritam raios de agonia.
Contra põe-se aos destroços da mortalha.
Lagrimas golfam dos olhos sem visão!
Somente a luz de quatro velas tênues
Iluminam com seu sombreado o esquife.
Consternação por todo átrio em aspirais.
Diluem-se em tristezas e choros inquietos.
Flores e flores, rosas e camélias iluminadas
Continuam a ser pelas luzes das quatro velas!
Nilópolis, 02/01/2015.