VISTOS

"Caminha por sobre

Os ossos espalhados"
Os sementes maduras
As duras sem coragem
Verdades cruas
Tempestades
Precisam desaguar
Por dentro
Que vem de fora
Qualquer veneno
Andarilhos vestindo
Sua noite a dentro
Faz da noite mesmo
Sempre destino
Meninos da valência
Caricaturas de pessoas
O que queriam ser
Adormecem na rua
Rua calada na manhã
As luzes  pairam ligadas
O que queriam ser
Desaba porque é claro
O vazio da noite
É tão fácil preenchido
Morcegos famintos
Sangue quente
Volúpias inertes
O que diverte o cego
Onde me entrego
“Louvam cruzes
Por sobre as pedras”
O peso que se entrega
Propoe antes
Qual entrega
Ela se entrega
Se acaso sua mesa
Ter dois copos
E uma reserva
A selva dos acalantos
Os portantos
Que vão amanhecer
Serão tantos
Diário do viajante
Noturno
Esconde no uniforme
O novo informe
Ainda está velho demais
P’ra morrer
As cenas divertidas
Dos encontros
Vivem nos “escombros
Possuídos de vendas”
Ela vai passear
Vai até o mar
Tira a blusa
Deixa a saia voar
Quer o vento desenhar
O que na areia
Pode transar
Transe de olhos
A beira mar
Não havia ninguém pra ficar
Havia muitos
Querendo ela no ar
Deixaram ela no mar
Caminha por sobre
Os ossos espalhados
Ainda há que pensar
Do passado.