Meu último poema
Chegou roto e tropeçante
Querendo se mostrar
Um lindo verso insinuante
Tentando de todo jeito rimar
Não dei a atenção desejada
Tentei forjar versos parnasianos
Pois é preciso ser bem elaborado
Meu último poema do ano
Acho que talvez fique devendo
Um soneto nos padrões formais
E sendo assim seguirei padecendo
Como todos os poetas normais
Com o último poema fenecendo
Assim como os anos e nada mais!