A HISTÓRIA SEM AMOR


Ela pôs um assento

Num não doente
Confuso
Que me disse a pouco
Ênfase distante
Obtuso
Fora de uso
Eu esperava lá fora
Combate discreto
Olhos por dentro
Nada por fora
Mergulha adverso
Queria um verso
Escrito  por perto
Que alguém pudesse provar
Que era ele e não outro
No mesmo lugar
Esta ilha distante
Cortinas baixas
Papeis avulsos
Na estante
Não dizem nada
Os efeites presentes
Embaixo da mesa
Surpresa vibrante
Infância permitida
Brindar gritante
De risadas falantes
Dormem sonhos
Acordam em sonhos
Nada real
Inventam o normal
Porque normal
Acorda o sol
Da cegueira deixada
Aquele não demorado
Meu corpo de encontro
Ao lamento
Que por fora
Ficava abandonado
Feito  guarda-vigia
Que guarda
Entrada
De um destino trancado
Da tua ilha
E vaga nas águas
Que caem
Chutando tropessa
Na pressa da raiva
Desvia no entorno
Provoca o derrepente
Que aparente
Traz  encontros
As almofadas do lares
A fortaleza
Dos muros altos
A surpresa que governa
Sentadas na esquina
Conversa disfarça
Pairam no ar
O andante absorto
Tem um rosto solitário
Passa adiante
E o que nem olha
Faz das vítimas
Entre uma delas
Um convite
Segue a “ trilha fantasma”
Há um campo
Entre a cidade
Um manto verde que arde
Pede aos vagalumes
Iluminem o sossêgo
Ela o persegue
Sem êxito
Ele disfaça que não vê
Se atira sobre o mato
Nada num ato
 loucura que torna paspalho
Emoldura o retrato
Que pinta o outro lado
Ela desafia sua
Superficie
Desequilibra seus vícios
Meu nome era alice
Nas correntes invisíveis
O que era frequente
Invisível
Acorda num cio
Sem roupas
Nem o frio da manhã
Destoa o que faltava.