Retumbam as cóleras de um círculo

a perspectiva é um funil

onde o signo transpassa

derrama a bába adormecida

se revira, vira fumaça

um eterno círculo indulgente

que não responsabiliza-se por nada

onde a esmo, soam as palavras

retumbam nas tumbas as pedras jogadas

as pílulas sendo neuróticamente ingeridas

mais que os canecos nas tabernas

as palavras divinas duvidosas, as mais digeridas

enquanto ruídos humanos apodrecem nas cavernas

Soa o silêncio infâme

ditando o bom senso profano

querendo que o sangue derrame

a cólera projetada...

na boca amarrada, de um sapo imaginário

sem nome

onde habita o singularismo caótico da calmaria imposta

Laranja Jack
Enviado por Laranja Jack em 30/12/2014
Código do texto: T5085120
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