Lagarta e Mariposa
Pobre lagarta
triste solitária
vaga no vale de prata
Pobre lagarta
lenta e cansada
tão logo será transformada
Deita e repousa
em um galho elevado
sobre a toca de uma raposa
Horas se passam
e os dias se vão
pobre largata que dorme em um vão
Que tanto repousa?
vá logo medrosa
ao mundo que tanto se goza
E a lagarta se abriu
um novo mundo surgiu
com asas e nova esperança
Medrosa? essa é nova...
não me vês que repousa
a beleza d'uma mariposa
De lagarta pouco vi
e para o mundo me abri
pra viver o que nunca vivi
E adeus dou a vós
pois ao mundo vou só
como ao mundo sozinha cresci
Entre as nuvens voar
entre as flores, pousar
e viver do que o mundo eu amar