Liberdade, algoz de mim...
Sigo escrevendo...
Compondo minhas lendas com retalhos de realidade e sonhos...
Recorro a memória para fugir da ficção,
Mas ao buscar tal artifício
Visto fica, que tudo que vivi, vem de Maya em mim...
Um tanto lúdico...
Mas a quem lê pouco importa
Os recortes se são reais ou não.
Delicadeza nevrálgica,
Entre o destino de vida e morte...
Enfim me desfaço
Da alta voltagem sentimental,
Que sempre distribuo em favor da ilusão
Escrevendo, desenhando, silenciando...
Expondo o meu tecido ao cotidiano
À incidência abrasiva do insólito sofrimento-prazer
Que nasci da estrutura cultivada
A níveis perturbadores... sofrimento, prazeres, desejos...
Resquícios das sondagens em mim...
Pintados na retina, como borrões infindáveis
Pela moldura da janela da vida...
Diferentes tonalidades de silêncio
Por vezes carregados de significados
Mas até que a própria fala...
Fantasmas insidiosos,
Contundências pertubações, compulsões...
Meus eixos temáticos...
Esquálidos ludibriam minha solitária existência com as belas palavras, linhas e formas
Capturadas de minhas memórias,
Que cabem na história,
Mas não se acomodam a ela...