A PENA

(PARÁFRASE)

SEMPRE O MESMO CENÁRIO: A TROPA SAI; NAS SELAS

RETINEM FAISCANDO OS GLÁDIOS IRRITADOS;

SOBERBOS VÃO PASSANDO OS PENDÕES DESFRALDADOS,

AO LONGE O ECO REPETE A VOZ DAS SENTINELAS,

DE ALCATEIA, AO REDOR DAS ALTAS CIDADES,

CANHÕES VELAM POR ENTRE OBUSES EMPILHADOS;

OUVE-SE ALÉM, NO CAMPO, O TROPEL DOS SOLDADOS

E O SOLUÇO DAS MÃES NA SOMBRA DAS VIELAS.

QUE ESPADA FORMIDANDA EM PULSO DE GIGANTE

HÁ DE DIA BANIR, SEVERA,FLAMEJANTE,

A RAÇA DE CAIM DA CRIMONOSA ARENA?

DERROCAR BASTIÕES, ENCHER DE TERRA OS FOSSOS,

VARRENDO ESSES TROFÉUS DE SANGUE E D' OSSOS?

MATAR QUEM PODE A GUERRA?... UMA SÓ ARMA: - A PENA.

1891.

PUBLICADA, COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES, COM O TÍTULO:

"CECI TUERA CELA!,NA SEÇÃO LIRA MODERNA (DIÁRIO DE NOTÍCIAS)

EM MAIO DE 1894.