Noturno

Noturnos olhos cravejaram a minha aurora

Criando, eterno, o crivo triste e o sonhador

E a tal agrura que cavalga em meu dorso

Criou-se asas, leve voa sem temor

É no sorriso, nobre dama, que resido

Nas memórias danço insone o fervor

Dessas tuas vestes fiz bandeira e alarde

E do teu nome fiz destino do furor

Antes menino, sou completo desvario

Pois na janela sopra breve o espreitar

Peço ao Sol que ainda demore a alvorada

Pra que eu veja, ainda noturno, teu olhar

Devolva estrelas que roubaste do meu céu

Mas guarde ainda o que um dia já foi meu

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 29/12/2014
Código do texto: T5084128
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