LENDA DE UM AMOR ETERNO

Eu te amo, desde muitas eras...

Pirata mouro, eu ti conheci,

Navegando Mares da Mesopotâmia,

Naquela alucinada ânsia

De singrar os mares...

Pela primeira vez, ai, eu ti perdi...

Depois, de quase um seculo passado

Te encontro de novo...

Um belo Cavalo de Troia, então montavas.

Na mão, na sinta reluzentes espadas,

Que se preciso fosse, seriam usadas

Para fazer justiça ao teu povo

Em defesa da liberdade, e da vida!

Quase um milênio depois, te vejo

Soldado de França, envolvido

Em perigoso jogo politico...

Prisioneiro, estavas, em um pequeno lugarejo...

E eu, que nunca fui amiga do Rei

Por milagre, da guilhotina, te salvei...

Hoje, te encontro, por estas calçadas ...

Sei, que és aquele mesmo antigo pirata,

De outras eras passadas!

O mesmo, que incendiou a fragada...

E, fingindo-se de morto,

Depois, de dez anos, exilado

Ancoras, hoje, neste velho antigo porto

Bem perto da minha praia preferida.

O Senhor Destino, fez encontrar-me, contigo...

Sou aquela mesma, jovem do passado

Por ti, sempre, apaixonada

Que vida afora, continuou sonhando

Com aquele mesmo, amor antigo

Sempre te amando,

Por toda minha vida!

( Esta "Lenda do amor eterno" faz parte de um conto de fadas, onde o amor, ainda hoje, encontra-se, perdido pelas encostas da vida) Escrito, no verão de 1984)

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 28/12/2014
Reeditado em 27/01/2015
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