MIRTES ENTRE OUTROS CONTOS
TRUDES NAMOUR
 
 
Os que vivem dentro
De um mar
Onde o barco
Cai por terra
Se encerra dentro do bar
Tem uns drinks azuis
E fúteis meninas
Por perto
O deserto composto
Nada proposto
Tudo convoca
O que toca lá em cima
Vício desaguado
O que ama
Quer um vício
Num canto qualquer
Sendo amado
O submundo
vai se derreter na porta
Me deixe ser o vento
Mágico
Deixe-as bem abertas
 Entro e  saio
O trágico convoca
Teus prazeres
O diabo quer invadir tua alma
A calma das arpas
São anjos derrotados
No paraíso
esta música que ressoa
Teu sorriso é mais belo
Quando volta
A descer
 Deslizar na proa
E ficas deitada
Corpo suado
Lábios a toa
Eu ainda aqui devagar
Me distraio
Estava transando
Com você a algum tempo
Enquanto ainda
Estamos aqui
Sentados
Veio me falar das coisas
Dos outros
Dos heteros que vieram vestidos
E os outros que
Iguais se vestem
Principes do convite alheio
Trazem sempre
Perfumes e cíúmes
Eu trago a fumaça
Do teu crivo
Que aceso  cospe fogo
No olhos
Quer por favor
me tenha
não sei falar de sonhos
sirva-te do que
não existe de nada proposto
o gosto delicado
das vozes
são por todo teu corpo
ferozes
buscando as atrações
o que atrai verões
morre na rua
escura de um canto
você nua
o absurdo viaja ronca motores
beija estradas
e outros bebados confusos
amores de uma
reza imposta
roubando vidas
porque as suas
não tem sentido
o mundo tem tempo
nós matamos todo tempo
o que diverte o inimigo
a ira em nós
vira amor