por entre os bichos
em horas
em dias
talvez daqui a pouco,
o sol lhe bordará o ventre
o silêncio será o seu rei
a sua mortalha noturna,
e sua casa será um desalinho
sem palavras,
o escuro que ardeu-lhe
a face durante as tardes de gozo,
tomará posse de suas mãos
e o tornará como uma pedra
um pedaço de madeira, o andar
de um bicho por entre os rios