ANDARES
por alamedas
por sonhos
por todos os andares
por tudo que suponho
ando guardando
ando guardada
por lentas horas
por quantas esperas
tantos amperes me impulsionam
e... prossigo
por caminhos, sei lá quantos
por montes estranhos
por bagagens pelo chão
passeio até o portão
marco-me diante da lua
com batom e algumas lágrimas,
o vento passa repassa sobre meu inteiro ser
depois...... não vejo ninguem no mundo
só o vácuo que me reboca até a casa
em minha sala desaguo
enxugo meu rosto...
da janela revejo o desgosto
do portão a me olhar
e parto.... fecho meus olhos
e enxergo-me por dentro
com tantos nós na garganta
só me sobra o silencio
e todas as forças que acumulei por tantos anos
armo-me uma de cada vez
quando esgotada
saco a força enjaulada
e viro eu de novo .........
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