ANDARES

por alamedas

por sonhos

por todos os andares

por tudo que suponho

ando guardando

ando guardada

por lentas horas

por quantas esperas

tantos amperes me impulsionam

e... prossigo

por caminhos, sei lá quantos

por montes estranhos

por bagagens pelo chão

passeio até o portão

marco-me diante da lua

com batom e algumas lágrimas,

o vento passa repassa sobre meu inteiro ser

depois...... não vejo ninguem no mundo

só o vácuo que me reboca até a casa

em minha sala desaguo

enxugo meu rosto...

da janela revejo o desgosto

do portão a me olhar

e parto.... fecho meus olhos

e enxergo-me por dentro

com tantos nós na garganta

só me sobra o silencio

e todas as forças que acumulei por tantos anos

armo-me uma de cada vez

quando esgotada

saco a força enjaulada

e viro eu de novo .........

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olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 26/12/2014
Código do texto: T5082059
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