PAI!
Quando a existência me deu
Sentiu um brilho no olhar
Tornou-se mais azul o céu
E aquele desejo seu
De me querer acarinhar!
Pegava-me no regaço
E no berço me embalava
Foi-se criando um forte laço
Que hoje por cada terno abraço
Ao mesmo início voltava!
Por tê-lo sou afortunado
Queria sê-lo eternamente
Porque com Ele a meu lado
É menos severo meu fado
A vida…passa diferente!
Mas o tempo é descalabro
Já o sinto a enfraquecer
Que o coração lhe abro
Até que um candelabro
Já não se queira acender!
Vamos vivendo juntinhos
Comungando d` alegria
Partilhando de carinhos
“Zangados” ou aos beijinhos
À espera de um novo dia!
Pois se o tempo é uma cadência
De correntes e algemas
A família traz ciência
E a idade, experiência
No resolver dos dilemas!
Enquanto a vida o permitir
Será assim a condição
Verão meus lábios sorrir
Por só Deus nos permitir
Esta tão doce…união!