Origem
Do cheiro do ralo
Uma fumaça emerge e
embaça o espelho de desejos
onde os dedos marcados por serpentes
escrevem meu nome com seivas, salivas
e sêmens. O nome, hoje corpo adestrado,
voltou às origens, ao caos,
ao grito enlameado.
(O adestramento será apenas o da carne alheia, de preferência sob a correia)
Não vou cortar os dedos de um ou a garganta do outro.
O charuto será aceso, a garrafa tombará vazia no chão e a noite suja será melodia, com um tilintar de risos secos.
Hoje
se me coloco de joelhos, não o faço para pedir perdão.