O Ermo
Uma visão cristalina desvela o horizonte
Anunciando, à diante, os anos:
Vivo, pelo ardor e dor dum prazer
Escondidos do bem e do mal.
A dançar nas covas dos que caíram em medo,
Sobre esta terra, sobre este ermo,
Onde Céu tampouco inferno chegam,
Estão memórias de mortos que gritam alto.
Mas, nem do vento ouve-se a voz.
Apenas o destino suspenso a soprar
O caminho em uma corda bamba,
Uivando meu nome, a aguardar minha queda.