TRAGO!
Trago um gesto de ternura
E trago um pouco de amor
Que acalente o sonhador
Nesta vida ingrata e dura!
Trago o silêncio escondido
Na palma da minha mão
Quero fugir à podridão
Deste mundo denegrido!
Trago o coração quebrado
Porque a guerra é pioneira
E sem dinheiro na algibeira
Vendo-se fome em tanto lado!
Trago a alma a estilhaçar
Pl`os moribundos da rua
Que conhecem a luz da lua
Mas não vêem o sol brilhar!
Trago o que não tenho afinal
Para dar ao Universo
Só este humilde verso
De mais um Pretérito…Natal!